A psicologia no futebol é um dos temas mais falados dos dias actuais. Existem inúmeros clubes onde existem gabinetes de psicologia ou pelo menos uma pessoa formada na área costuma acompanhar as suas equipas e os seus jovens atletas. Não só existe uma preocupação cada vez maior com os jogadores que em situações de pressão falham, como também as escolhas erradas que muitos fazem e deitam as suas carreiras ao lixo, ou por vezes não atingem a dimensão que o seu talento é capaz.
Existem no futebol português inúmeros exemplos de jogadores que pelo seu talento e qualidade poderiam ter atingido carreiras de topo no futebol europeu e acabaram nas ruas da amargura, sem troféus, sem fama, sem dinheiro, sem glória e em muitos casos, sem clube.
Falaremos de Dani. A história do ex-jogador de Sporting e Benfica é sobejamente conhecida mas nunca é de mais relembrá-la para os hoje aspirantes a jogadores profissionais. Craque dos escalões jovens do Sporting, tinha tudo o que os outros jovens ambicionavam. Os pais viviam bem, ele para a idade já recebia bastante bem, era assediado pelas miúdas, enfim... aparentava ter tudo o que os mais novos procuram. Dani era figura dentro e fora de campo mas foi com a camisola de Portugal que se começou a destacar num Mundial de Juniores no Qatar onde foi eleito o segundo melhor jogador do torneio e tendo-se sagrado também o segundo melhor marcador.
Estreou-se ainda como Junior no plantel principal do Sporting e a fama que tinha fazia-o ser um dos jogadores com maior estatuto no balneário. Passagens de modelos e noitadas eram colocadas ao mesmo nível da sua carreira de futebolista e o seu pouco empenho nos treinos e falta de espírito de sacrifício fizeram com que o Sporting o emprestasse ao West Ham. Lá voltou a revelar os mesmos problemas, apareceu algumas vezes de directas nos treinos e regressou ao Sporting. Os responsáveis do clube desacreditaram o jogador e venderam-no ao Ajax.
Um clube com grande tradição na aposta de jovens jogadores recebeu o prodígio português e foi lá que Dani atingiu o melhor período da sua carreira, tendo feito 10 jogos por Portugal e atingido boas performances no clube de Amesterdão. A fama que trazia de Alvalade, era sempre apontada como factor decisivo para as exibições mais apagadas que o jogador continuava a fazer. A falta de hábitos e rotinas de treino num futebol de alto nível ditava uma irregularidade constante exibicional o que fez o Ajax voltar a desistir do jogador. Vendeu-o ao Benfica, onde pouco ou nada fez, jogando de águia ao peito apenas alguns meses, saindo para o Atlético de Madrid onde terminou carreira aos 17 anos.
Tinha futebol para ser dos melhores de sempre a jogar em Portugal, talento e qualidade para marcar uma era. Não o fez porque não quis. Porque ninguém conseguiu alertá-lo para o que estava a perder.
Não é caso único. Hoje, em Portugal, Sidnei do Benfica continua no banco de suplentes de uma defesa muito forte, é certo, mas potencial tem, que sobre, para poder ser dos melhores do mundo. O seu antigo treinador no Internacional disse mesmo: "Se Sidnei for melhor profissional pode ser o melhor do Mundo como defesa central".
É agressivo, tem qualidade técnica, forte fisicamente, é um falso lento, muito forte na antecipação dos lances, tem muita classe para a posição que ocupa. Reza a lenda que o ano passado chegou a um treino embriagado e saiu da equipa de Quique Flores por esse facto. A verdade é que Sidnei tarda em impor-se no lugar que poderia ser seu (o de titular indiscutível) e ainda na recente chamada ao onze, depois de alguns meses de inactividade competitiva, lesionou-se.
Fábio Paim é apenas mais um dos casos. Disseram os responsáveis do Sporting que com a idade de Juvenil, Paim era melhor jogador do que Cristiano Ronaldo. Ronaldo ia treinar às escondidas para o ginásio, treinava sempre a mil, empenhava-se em ser o melhor em todos os aspectos, tinha uma vontade imensa de ultrapassar todos os obstáculos. Paim dormiu à sombra do aparente sucesso - sublinho aparente - e foi arrastando o estatuto. Nos últimos três anos jogou em 5 (!) clubes, tendo passado inclusivamente por um período experimental na Rússia onde não convenceu. Hoje joga na II Divisão B, no Real Massamá, emprestado (pela 5ª vez), pelo Sporting.
Um jogador de futebol para atingir o nível da profissionalização, nem sempre precisa de ter um dom. Pode atingi-o pelo trabalho, pelo esforço, pelo sacríficio, pela sorte... Um jogador para ser de grande qualidade tem naturalmente de ter um dom. Mas o dom com trabalho, com esforço, com sacríficio, com vontade de ultrapassar barreiras, com empenho... transforma os bons, nos grandes jogadores.
Os ídolos apareceram porque trabalharam muito, esforçaram-se muito, e batalharam muito para conquistarem o sucesso. Outros com tudo nas mãos - neste caso, nos pés -, deitaram tudo a perder.
Existem no futebol português inúmeros exemplos de jogadores que pelo seu talento e qualidade poderiam ter atingido carreiras de topo no futebol europeu e acabaram nas ruas da amargura, sem troféus, sem fama, sem dinheiro, sem glória e em muitos casos, sem clube.
Falaremos de Dani. A história do ex-jogador de Sporting e Benfica é sobejamente conhecida mas nunca é de mais relembrá-la para os hoje aspirantes a jogadores profissionais. Craque dos escalões jovens do Sporting, tinha tudo o que os outros jovens ambicionavam. Os pais viviam bem, ele para a idade já recebia bastante bem, era assediado pelas miúdas, enfim... aparentava ter tudo o que os mais novos procuram. Dani era figura dentro e fora de campo mas foi com a camisola de Portugal que se começou a destacar num Mundial de Juniores no Qatar onde foi eleito o segundo melhor jogador do torneio e tendo-se sagrado também o segundo melhor marcador.
Estreou-se ainda como Junior no plantel principal do Sporting e a fama que tinha fazia-o ser um dos jogadores com maior estatuto no balneário. Passagens de modelos e noitadas eram colocadas ao mesmo nível da sua carreira de futebolista e o seu pouco empenho nos treinos e falta de espírito de sacrifício fizeram com que o Sporting o emprestasse ao West Ham. Lá voltou a revelar os mesmos problemas, apareceu algumas vezes de directas nos treinos e regressou ao Sporting. Os responsáveis do clube desacreditaram o jogador e venderam-no ao Ajax.
Um clube com grande tradição na aposta de jovens jogadores recebeu o prodígio português e foi lá que Dani atingiu o melhor período da sua carreira, tendo feito 10 jogos por Portugal e atingido boas performances no clube de Amesterdão. A fama que trazia de Alvalade, era sempre apontada como factor decisivo para as exibições mais apagadas que o jogador continuava a fazer. A falta de hábitos e rotinas de treino num futebol de alto nível ditava uma irregularidade constante exibicional o que fez o Ajax voltar a desistir do jogador. Vendeu-o ao Benfica, onde pouco ou nada fez, jogando de águia ao peito apenas alguns meses, saindo para o Atlético de Madrid onde terminou carreira aos 17 anos.
Tinha futebol para ser dos melhores de sempre a jogar em Portugal, talento e qualidade para marcar uma era. Não o fez porque não quis. Porque ninguém conseguiu alertá-lo para o que estava a perder.
Não é caso único. Hoje, em Portugal, Sidnei do Benfica continua no banco de suplentes de uma defesa muito forte, é certo, mas potencial tem, que sobre, para poder ser dos melhores do mundo. O seu antigo treinador no Internacional disse mesmo: "Se Sidnei for melhor profissional pode ser o melhor do Mundo como defesa central".
É agressivo, tem qualidade técnica, forte fisicamente, é um falso lento, muito forte na antecipação dos lances, tem muita classe para a posição que ocupa. Reza a lenda que o ano passado chegou a um treino embriagado e saiu da equipa de Quique Flores por esse facto. A verdade é que Sidnei tarda em impor-se no lugar que poderia ser seu (o de titular indiscutível) e ainda na recente chamada ao onze, depois de alguns meses de inactividade competitiva, lesionou-se.
Fábio Paim é apenas mais um dos casos. Disseram os responsáveis do Sporting que com a idade de Juvenil, Paim era melhor jogador do que Cristiano Ronaldo. Ronaldo ia treinar às escondidas para o ginásio, treinava sempre a mil, empenhava-se em ser o melhor em todos os aspectos, tinha uma vontade imensa de ultrapassar todos os obstáculos. Paim dormiu à sombra do aparente sucesso - sublinho aparente - e foi arrastando o estatuto. Nos últimos três anos jogou em 5 (!) clubes, tendo passado inclusivamente por um período experimental na Rússia onde não convenceu. Hoje joga na II Divisão B, no Real Massamá, emprestado (pela 5ª vez), pelo Sporting.
Um jogador de futebol para atingir o nível da profissionalização, nem sempre precisa de ter um dom. Pode atingi-o pelo trabalho, pelo esforço, pelo sacríficio, pela sorte... Um jogador para ser de grande qualidade tem naturalmente de ter um dom. Mas o dom com trabalho, com esforço, com sacríficio, com vontade de ultrapassar barreiras, com empenho... transforma os bons, nos grandes jogadores.
Os ídolos apareceram porque trabalharam muito, esforçaram-se muito, e batalharam muito para conquistarem o sucesso. Outros com tudo nas mãos - neste caso, nos pés -, deitaram tudo a perder.
O maior erro do Fabio Paim foi à 2 anos ter deixado o Trofense a meio da época (liga de honra)e ir para o Paços de Ferreira.No Trofense jogava muitos minutos, notava-se que estava numa fase de crescimento como jogador, mostrava qualidade, era um bom profissional.Em Paços de Ferreira quase nunca jogou e a parir daí "desapareceu" futebolisticamente.
ResponderEliminarO Fábio Paim tem errado, na minha opinião, por não ter tido ainda a humildade suficiente para perceber que no futebol profissional é apenas mais um.
ResponderEliminarO seu trajecto enquanto jovem nada lhe garantiu para o futuro (pronto, percebe-se do que estou a falar). Em termos de carreira futebolística o Paim não pode nunca não ser opção regular na Trofa, não ser opção regular em Paços de Ferreira, e achar que vai ser opção regular no Chelsea.
Quanto a mim falta-lhe essa humildade para dizer para ele próprio que tem de começar do zero e se para que isso aconteça tenha de estar na II Divisão B, assim seja. Neste momento está mas não é opção. Foi-lhe imposto pelo Sporting? Foi o último recurso pois o mercado estava a acabar? Que motivação tem ele para jogar no Real Massamá?
Deixa que pensar...