Apenas algumas notas em relação aos últimos dias. O Zenit, com um Danny a revelar o porquê de ser dos melhores jogadores portugueses da actualidade em grande parte dos aspectos, acabou por ficar fora da Liga dos Campeões pela forma desactualizada e incrivelmente preparada com que o técnico do Zenit abordou o jogo em França.
Não sei se foi ocasional ou esta é a sua forma de entender o jogo, mas uma equipa de alta roda a fazer marcação individual em lances de bola parada defensiva (nomeadamente, e sobretudo, os cantos), deixa-me a pensar bastante. A defesa à zona, hoje, e sempre, vem resolver muito dos problemas que as equipas enfrentam nas bolas paradas. Há um espaço definido, uma zona de acção que os jogadores defensivos irão preencher e abordar com eficiência - esperada - e quase um bloco colectivo, cada um com a sua missão, de forma a conseguirem retirar o perigo iminente de um lance desse tipo.
Fiquei estupefacto ao ver jogadores como o Bruno Alves e o Fernando Meira, sem olhar para a bola (o principal do jogo), a correrem atrás do seu alvo de marcação. Eu pergunto. Se o jogador que olha exclusivamente a bola, é ou não mais rápido que o adversário, tem ou não melhor tempo de salto, consegue ou não, em movimento, coordenar melhor a sua corrida de forma a chegar à bola em primeiro lugar, cria natural perigo. O Zenit foi eliminado e os dois golos do jogo surgiram de dois cantos a favor do Auxerre. Dá que pensar.
No dia de hoje chamou-me à atenção a gestão vimaranense. Bebé foi vendido por 9 milhões de € ao Manchester United, o maior encaixe de sempre de um clube não-grande em Portugal, e arrisco dizer, o maior valor de sempre pago por um jogador tão desconhecido, e os responsáveis do Vitória, com tudo planeado e com uma velocidade de acção sempre importante nestes casos, assumiram a compra, por 500 mil euros, de um jogador brasileiro, que Manuel Machado era perfeito conhecedor, pois elogiou-o e frisou as suas melhores e principais características antes da compra, 26 anos, de nome Toscano.
Hoje quem viu o jogador brasileiro a vagabundear por toda a frente de ataque e com uma velocidade de processos e acima de tudo qualidade na execução acima da média, ficou com claras certezas que o Guimarães ganhou em todas as vertentes. Eu acho que Bebé iria rebentar neste campeonato como aliás escrevi na pré-época. Ele e João Ribeiro de quem acho Portugal poder aproveitar bem mais nos próximos anos. Mas 9 milhões vs. 500 mil euros, e qualidade semelhante, ou rendimento actual talvez a favor do brasileiro, faz-nos pensar.
Toscano assumiu a batuta e com poucos treinos com os colegas, deitando para trás tempos de adaptação, e mostrando o seu futebol, ganhou um jogo com 3 golos e deu os primeiros pontos à sua equipa. Promete dar mais. E os grandes que comecem a olhar com atenção a este jogador.
Nacional 1-1 V. Guimaraes
Simão | Vídeo do MySpace
Nacional 1-3 V. Guimaraes
Simão | Vídeo do MySpace
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