sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Bebé para adulto pensar


Não poderia deixar de fugir ao assunto do dia. Primeiro porque sou adepto extremo da tese "os jogadores dos pequenos é que vão ser jogadores, os dos grandes não têm hipótese". E passo a explicar.

Alguém consideraria, por exemplo, Diogo Salomão ou Bebé, há dois anos atrás, mais promissores do que um Bruno Matias ou André Carvalhas? A razão é clara. Os jogadores dos grandes, em fim citados, com pouco espaço e pouca aposta da parte dos seus clubes, foram coleccionando empréstimos e esquecendo a génese de uma expectativa grande em relação a dois nomes (entre tantos outros) que geram imenso potencial. Os "pequeninos", foram passo a passo, com espaço e fundamentalmente aposta, construindo uma carreira interessante e a dar os seus frutos.

Bebé é um jovem com muito potencial e com características muito interessantes para o futebol moderno. Naturalmente, totalmente capacitado e "peixe na água" no futebol inglês. Mas reparemos, estamos a falar de um menino da rua, sem qualquer experiência ou base de futebol de alto rendimento.

É a prova provada que o talento inato, supera todas as perspectivas de trabalho baseado no estudo e na especialização juvenil. As qualidades físicas nasceram com ele, a forma como alia a potência muscular, à velocidade, à coordenação, à capacidade de drible, à imprevisibilidade e facilidade de remate de longa distância, fazem todos os adeptos de futebol perguntar onde começou e acabou o trabalho evolutivo com este jovem.

"Bebé (20 anos) - Muito forte fisicamente, veloz e com excelente poder de drible, vai ser uma das grandes revelações desta prova. Joga em ambas as alas ofensivas, pode jogar também por dentro, assume-se como um jovem muito promissor.", de 23 de Julho 2010.

Não esquecendo, nesta análise, mais uma vez, um dos temas já aqui abordados: O factor JM. Está em todas, e o seu crédito parece não ter fim seja em que clube for.

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