quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Braga tem todas as condições mas...


Entra amanhã em campo a primeira equipa portuguesa na Liga dos Campeões. Pré-eliminatória a duas mãos, não discutindo os prós e contras do primeiro jogo ser em Braga, sorteio acessível, possibilidade de boa casa (virão muitos escoceses e irlandeses) e os bracarenses com francas hipóteses de seguir em frente na prova.

Nem tem sido uma pré-época tão romântica como se esperaria da equipa de Domingos e vai ser interessante observar de que forma se dá o transfer da manutenção e consolidação de uma equipa que se espera ser capaz de continuar a aspirar ao pódio do futebol português para a possibilidade de estar numa competição europeia e a dimensão que isso acarreta.

Todos nos lembramos da forma como o Guimarães foi impossibilitado de estar presente na fase de grupos da Liga dos Campeões há alguns anos atrás. Um erro crasso de arbitragem atirou os vimaranenses para a Taça Uefa, e o sonho do Minho estar representado na "Champions" ficou adiado.

Este não me parece um Braga tão forte como o do ano anterior, desde logo pela perda de referências fundamentais do clube e do seu modelo de jogo, os principais dinamizadores de toda a estrutura que Domingos conseguiu construir em retorno do seu grupo de 12-13 nomes de real valia. Eduardo abriu uma brecha que será difícil de cobrir, João Pereira foi um rombo grande na forma como a equipa se desdobrava, Hugo Viana, o jogador que deu o clique para a partida rumo à dimensão seguinte da equipa do Minho na época transacta e, por lesão, a ausência de Mossoró.

Parece-me um Braga fragilizado e sem os argumentos de outrora. Talvez possamos observar uma equipa montada de forma diferente, potencializando e explorando a qualidade dos extremos que tem, mas apostando fortemente no equilíbrio e na constituição de um tridente a meio-campo a jogar de forma invertida, com Salino e Vandinho como peças mais preponderantes.

Os escoceses do Celtic não constituem uma grande ameaça ao nível de um futebol atractivo, irão certamente explorar em momentos de transição o futebol directo para os seus avançados possantes, tendo em atenção um jogador que certamente vai voltar a mostrar o seu valor: McGeady, um extremo moderno, protótipo do jogador latino, forte no drible, veloz, imprevisível, mas com uma eficiência e regularidade típica dos britânicos.

1 comentário:

  1. Hoje, lembrando-me de toda a conversa "tunelística" destes tipos durante todo o ano passado, quando foram ELES que fizeram uma autêntica emboscada ao Benfica, com dois meninos sem castigo adequado e com o Cardozo vítima inocente e com aquela "arbitragem" diante do Guimarães que o Domingos disse: !A arbitragem não teve influência no resultado". Claro, comparado com os outros jogos ..... e lembrando-me dos cânticos da claque, agora "braguista", .... só digo uma coisa: FORÇA CELTIC!

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