terça-feira, 12 de julho de 2011

A formação dentro da estrutura


Numa altura que os clubes portugueses se multiplicam em imensas transferências, na sua grande maioria, ou quase totalidade, centradas em jogadores estrangeiros, é notório que os regulamentos começam a fazer mossa e levam alguns clubes a ter de repensar as suas estratégias para poder ter lugar para todos os reforços e forma de inscrever as equipas nas competições europeias sem que para isso tenham de deixar de fora alguns dos nomes que fizeram correr tinta na imprensa sobre as suas contratações.

O tema de hoje é o Futebol Clube do Porto e o potencial adjacente a esse clube vencedor. A sua formação há muito que vinha a dar sinais de poder, a qualquer momento, atirar para a ribalta, nomes consagrados do futebol português. As ameaças de Paulo Machado e Vieirinha, num passado próximo, não passaram disso mesmo, ambos com carreiras interessantes no estrangeiro, ainda que nos últimos anos também Ventura, Castro, Rui Pedro, Ukra ou Hélder Barbosa andem a espreitar o plantel principal dos dragões mas invariavelmente se preparam para rumar a outras paragens.

Numa equipa vencedora como usualmente são as do FC Porto, os jogadores da formação demoram a entrar. Contudo, já há algum tempo que não víamos no plantel dos azuis e brancos tanto potencial para explorar dentro de uma equipa a todos os níveis de grande qualidade. Mantendo as jóias da coroa, Hulk e Falcão, assim como Moutinho ou Fernando, é interessante ver que o trabalho de base já começa a ser preparado.

Da mesma forma que Pinto da Costa agiu com uma naturalidade extrema com a saída de Villas Boas, não deixando qualquer ruído ou sentimento de insegurança quer em adeptos, imprensa ou jogadores, o futuro avizinha-se igual no que diz respeito ao plantel.

É que Hulk e Falcão não vão ficar muito mais tempo no Dragão. E olhando para as suas fileiras, vemos nomes que se podem transformar, uns com maiores certezas do que outros, nas principais figuras dos dragões dentro de 2/3 anos.

Iturbe, o argentino recrutado ao Cerro Porteño, é um dos grandes talentos da geração argentina sub-20, já elevado a comparações com o astro Messi, a verdade é que o Porto tem aqui um talento de inegável qualidade e que pode a breve trecho revelar-se uma das grandes figuras dos Dragões. Já com maiores certezas temos James Rodríguez, o colombiano que sempre que chamado correspondeu e promete, ele também, um futuro brilhante.

O melhor jogador sub-19 em Portugal na época transacta, já fez correr elogios no jogo de estreia dos azuis e brancos na Alemanha. Christian Atsu é um extremo de grande rotação e muitos argumentos técnicos. O brasileiro Kelvin, de 18 anos, vem rotulado do Brasil como futuro craque e os primeiros sinais apontam para isso mesmo.

O Porto prepara-se para fazer mais um ou dois anos de grande qualidade com as suas principais jóias da coroa, preparando já o futuro, que também se pode escrever em Português. Tozé, David Bruno, Tiago Ferreira e Castro continuam à espreita.

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