segunda-feira, 25 de julho de 2011

A Orangina (Belenenses)


O Belenenses volta a ter uma época onde só pode ser candidato à subida. Pelo seu historial, pela experiência do técnico, por grande parte do plantel ser transitório do ano anterior, e pelo investimento feito.

Ainda assim é uma equipa com lacunas, sem grandes rasgos criativos e ainda com muito trabalho pela frente. Nomeadamente em organização ofensiva são poucas as opções mecanizadas pelos jogadores, ainda à procura de conseguir aumentar o seu nível exibicional em relação a momentos anteriores.

Na baliza Coelho, emprestado pelo Paços de Ferreira, deverá ter tarefa difícil perante a concorrência do brasileiro Paulo César. No sector defensivo, Pedro Ribeiro, ex-Trofense, com formação no FC Porto, pode ser um dos líderes do grupo. Jogador de qualidade. Léo Kanu ex-Benfica não me parece que venha a ser opção. Fraco tecnicamente, denota problemas posicionais, é também lento de movimentos. Faz valer a sua estrutura física (1,96 cmg e 88kg) e pouco mais. André Pires, um dos produtos de mais valia da formação do Belém, tem ainda muito que trabalhar para ser uma opção clara do onze. Até para explicar isso o Belém acaba de garantir Igor Pita (ex-Nacional, Beira-Mar e Marítimo).

No sector intermediário, Rodrigo António, ex-Marítimo, pode assumir um papel de destaque, denotando ainda assim os problemas de dinâmica e intensidade de jogo que faz com que o Belém em transição ofensiva pareça uma equipa lenta sempre que a 1ª fase de construção começa na sua zona de acção. Zázá quanto a mim seria uma opção mais forte para o lugar de 6. Celestino e Miguel Rosa são dois jogadores para outras andanças e vão assumir papel fundamental na equipa.

Ofensivamente, atenção à irreverência e velocidade do ex-Junior Ricardo Viegas, mas será na já experiência de azul de Fredy e Abel Camará que o Belém procurará resolver problemas. Os reforços Tomané (ex-Sporting e Tourizense) e Maranhão procuram ser opções claras para o técnico José Mota.

À partida parece-me que as possibilidades de subida dos azuis do Restelo não são as maiores, ainda assim, a aposta na juventude portuguesa, aliada à experiência do seu treinador, fundamental para estas divisões, podem valer uma surpresa no final da temporada.

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