sábado, 17 de agosto de 2013

Rui Vitória: O homem dos grandes desafios


Ao ver hoje o jogo em Guimarães, não me surpreende a forma coesa, unida, organizada e inteligente como o Vitória garantiu os três pontos frente a um Olhanense débil e que se afigura como um dos presumíveis candidatos à descida. Os adjectivos acima descritos em relação à equipa vitoriana encaixam perfeitamente naquilo que define o seu treinador no futebol.

Rui Vitória encontrou a sua praia em Guimarães. Parece-me que tem o perfil mais indicado possível para trabalhar neste tipo de situações. Plantéis jovens, curtos, ambiciosos, em situações difíceis, quer desportivas ou económicas... no fundo, um plantel que tem de economizar e rentabilizar recursos, explorar mais valias e esconder fraquezas.

O Vitória Guimarães que já na época passada tinha um plantel curto, este ano reduz substancialmente o número de opções válidas e mais uma vez Rui Vitória terá um papel difícil pela frente. Na Supertaça ficaram a nú as debilidades da equipa que contra adversários com outros argumentos acabarão por vir ao de cima, por muito bom que possa ser o trabalho.

Mas esse é realmente bom. O Guimarães não tem um modelo de jogo atractivo, não pratica um futebol vistoso, não se destaca particularmente em nenhum momento do jogo em termos tácticos. Joga como equipa em todos eles, dominam os princípios básicos de todas as fases do jogo e isso reflecte-se numa equipa que para o nível das individualidades, potencializa bastante um colectivo competitivo e que dá muito mais do que à partida seria possível.

Este será um ano em que o futebol do Guimarães vai continuar a viver muito de uma referência posicional na frente, capaz de disfarçar as dificuldades da equipa na zona de construção, e que acaba por em muitas situações recorrer ao futebol directo. Maazou que já aqui falei em 2010, será fundamental em toda a estratégia. Presença física, velocidade de processos, qualidade técnica, encaixa perfeitamente naquilo que será este Vitória. Com Olímpio a assumir um papel de destaque, também, pela experiência e segurança, tal como Moreno, falta contudo outros intérpretes a um plantel que é curto e que a nível qualitativo está alguns degraus abaixo do anterior.

Será curioso ver como vai enfrentar uma época tão longa e desgastante, agravada pela presença nas competições europeias, mas vai ser interessante perceber se é possível continuar a optimizar recursos que não estão ao nível da exigência e de um clube com a tradição do Vitória de Guimarães.

4 comentários:

  1. Não conhecia o Maazou, mas fiquei impressionado com o jogo dele hoje. Estive a pesquisar e também fez um bom arranque quando foi de África para o Lokeren. Achas que o Vitória fica melhor servido com o Maazou o que estava com o Baldé?

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  2. Zé Pelé,

    Já acompanho o Maazou há algum tempo mas aquilo que me parece é que ele não atingiu o nível perspectivado essencialmente por problemas ou por falta de aptidão mental. Talvez a forma como reage à adversidade, ao espírito sacrifício...não sei, mas ele tinha talento para mais do que o que está a fazer.

    No entanto é um jogador muito interessante para a realidade do Guimarães e para o nosso campeonato. Comparativamente ao Baldé em termos de processo e referência vem dar exactamente o mesmo, mas com algumas diferenças: O Baldé era mais forte pelo ar. O Maazou ganha em termos técnicos. É mais forte a jogar de costas, pode jogar mais facilmente com metros para correr, embora não seja muito veloz, mas é possante e sobretudo tem um bom sentido posicional. Parece-me melhor e mais tranquilo que o Baldé a finalizar, ainda. Acho um upgrade, muito parecido, mas um upgrade.

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  3. um abraço para todos os curinthianos do parana

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  4. um abroço pra todos os corinthianos de curitiba

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