sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A magia Nacho


Já passaram mais de três anos da altura em que aqui falei sobre um dos jogadores que despontava numa das divisões secundárias do futebol europeu. Nacho Scocco pode até ter passado ao lado de uma grande carreira europeia mas vai brilhando pela América do Sul e, noutro nível, marcando um trajecto claro daquele que é, na minha opinião, um dos melhores jogadores a actuar hoje em dia pelo continente americano.

Scocco saiu do AEK em 2011 para o Al Ain. O clube do golfo não se arrependeu da aposta num jogador que precisou de pouco mais de mil minutos de jogo para fazer dez golos. Assim se despediu para regressar ao clube que o "revelou", o Newell's. Vi muitos jogos da equipa do agora treinador do Barcelona, Tata, e se o sucesso que obteve no clube argentino o fez catapultar para um dos maiores clubes mundiais, em muito se deve também ao que lhe deu Scocco.

O futebol é assim, relação de partilha, de troca, do momento, e o avançado argentino acabou por no seu percurso conseguir elevar para outro nível (e fixando-se como avançado, nesta fase da carreira) o rendimento de uma equipa moldada à sua imagem, e à do seu treinador, onde os números não mentem: 33 jogos, 24 golos, melhor época pessoal de sempre em termos de concretização e um estatuto difícil de manter outros emblemas afastados. Foi por isso que o Internacional que conta já com D'Alessandro e Forlán avançou para a sua compra e ontem, no jogo de estreia, mais 2 golos.

Uma qualidade técnica muito acima da média, mas não só. Inteligente, gosta de jogar um futebol apoiado e de requinte em combinações directas. Venenoso sempre que procura espaço para finalizar, onde demonstra enorme frieza, remata de igual forma com o pé direito ou esquerdo, é um jogador que continuará a marcar um percurso muito interessante de alguém que tinha tudo para poder, no futebol europeu, ter escrito outra história.

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