Hoje foi uma noite diferente. Não que estivesse à espera de algo semelhante, mas sim pela constatação de vários factores que fazem qualquer apaixonado do futebol, o verdadeiro futebol, sorrirem e pensarem que a essência do jogo ainda pode ser recuperada. Estou a assistir à Liga dos Campeões, a competição milionária que não significa dinheiro = sucesso, embora a UEFA continue a ter muitas políticas que nos fazem pensar, afinal, quem controla o jogo - veja-se a forma como o Chelsea é completamente roubado na meia-final do ano passado sob a necessidade de colocar frente a frente Messi e Ronaldo.
Hoje, embora não me tenha surpreendido, assisti a uma coisa que agradou a todos os amantes do futebol verdadeiro, jogado pelo jogo, pela tradição (já que o meu vídeo da semana apela a tal facto), pelo amor às cores e à glória conquistada pelo mérito das suas raízes.
O Real Madrid foi eliminado frente a um Lyon que lhe concedeu meia parte de avanço e que pode-se dar por satisfeito pela forma irrisória como os blancos foram falhando golos atrás de golos e aniquilando as suas hipóteses de resolver uma eliminatória que se viraria contra eles. Pellegrini não acertou, manteve a sua postura metódica e conformista, Puel veio para cima, subiu o bloco, deu a batuta a um jogador que há muito me enche o olho, e ainda o conheci nas camadas jovens do Lyon, falo de Pjanic, teve um exterminador de defesas na frente de ataque em grande forma (é incrível a forma como faz movimentos de rotura atrás dessas próprias situações e se converte no primeiro ele defensivo da transição da sua equipa), sendo que Lisandro assume neste Lyon as nuances fundamentais do processo quer ofensivo quer sobretudo de recuperação defensiva da equipa. Se ele pressiona alto, o bloco sobe, as linhas ficam coesas, o que trás por vezes dificuldade aos franceses pela falta de rapidez e lucidez de alguns elementos mais experientes da sua defesa, refiro-me a Cris, por exemplo. Contudo, hoje resultou em pleno e o Lyon saiu de Madrid com a vitória (na eliminatória).
Fiquei os últimos 15 minutos à procura de Ronaldo. A tentar descobrir em si um ponto de alegria, um ponto de entusiasmo, de satisfação ou mesmo concretização. Tudo isso desapareceu nele. Mas vejamos. Mudei de canal. Vi um Manchester United a "dar" 3 ao Milan, e os adeptos a descerem lençóis das bancadas bem expressivos: "AMO-TE UNITED, ODEIO-TE GLAZER" em referência ao milionário americano proprietário do clube. E isto faz-me regressar atrás e ver a forma como os manifestantes (é desfasado usar esta palavra, corrijo-me a mim próprio escrevendo ADEPTOS) queriam impedir a sua entrada no clube, formaram um novo United, muitos deles deixaram de compactuar com a estratégia comercial adoptada pelo clube, hoje em dia fazem-se ver nos estádios por onde jogam os red devils com cachecóis verdes e amarelos, em homenagem às cores do clube que originou a fundação do Manchester United. É, de facto, um mundo à parte, de paixão, fervorosos adeptos, glória e triunfos.
E eu estava a pensar: Estão os adeptos do Manchester em protesto porque entendem que os valores do clube não estão a ser prestigiados nem protegidos, mesmo que no meio de tantas categóricas vitórias. Voltei a mudar de canal, e pensei: Os 250 milhões que Florentino gastou, e os salários exorbitantes - e já agora, perfis e estatutos dos intocáveis de Madrid - que a muitos deles não lhes permitem serem substituídos mesmo que a jogar dentro do seu metro quadrado, irão os super craques para casa arranjarem-se para saírem à discoteca mais próxima para desfilarem esta madrugada, os seus fãs estarão amanhã à porta do campo de treinos para pedir autógrafos e fotografias com as lendas (de quê?) que vestem as cores blancas, e nada se passa.
É este o futebol que Ronaldo (o peixe fora de água) prefere? Fica a questão.
Hoje, embora não me tenha surpreendido, assisti a uma coisa que agradou a todos os amantes do futebol verdadeiro, jogado pelo jogo, pela tradição (já que o meu vídeo da semana apela a tal facto), pelo amor às cores e à glória conquistada pelo mérito das suas raízes.
O Real Madrid foi eliminado frente a um Lyon que lhe concedeu meia parte de avanço e que pode-se dar por satisfeito pela forma irrisória como os blancos foram falhando golos atrás de golos e aniquilando as suas hipóteses de resolver uma eliminatória que se viraria contra eles. Pellegrini não acertou, manteve a sua postura metódica e conformista, Puel veio para cima, subiu o bloco, deu a batuta a um jogador que há muito me enche o olho, e ainda o conheci nas camadas jovens do Lyon, falo de Pjanic, teve um exterminador de defesas na frente de ataque em grande forma (é incrível a forma como faz movimentos de rotura atrás dessas próprias situações e se converte no primeiro ele defensivo da transição da sua equipa), sendo que Lisandro assume neste Lyon as nuances fundamentais do processo quer ofensivo quer sobretudo de recuperação defensiva da equipa. Se ele pressiona alto, o bloco sobe, as linhas ficam coesas, o que trás por vezes dificuldade aos franceses pela falta de rapidez e lucidez de alguns elementos mais experientes da sua defesa, refiro-me a Cris, por exemplo. Contudo, hoje resultou em pleno e o Lyon saiu de Madrid com a vitória (na eliminatória).
Fiquei os últimos 15 minutos à procura de Ronaldo. A tentar descobrir em si um ponto de alegria, um ponto de entusiasmo, de satisfação ou mesmo concretização. Tudo isso desapareceu nele. Mas vejamos. Mudei de canal. Vi um Manchester United a "dar" 3 ao Milan, e os adeptos a descerem lençóis das bancadas bem expressivos: "AMO-TE UNITED, ODEIO-TE GLAZER" em referência ao milionário americano proprietário do clube. E isto faz-me regressar atrás e ver a forma como os manifestantes (é desfasado usar esta palavra, corrijo-me a mim próprio escrevendo ADEPTOS) queriam impedir a sua entrada no clube, formaram um novo United, muitos deles deixaram de compactuar com a estratégia comercial adoptada pelo clube, hoje em dia fazem-se ver nos estádios por onde jogam os red devils com cachecóis verdes e amarelos, em homenagem às cores do clube que originou a fundação do Manchester United. É, de facto, um mundo à parte, de paixão, fervorosos adeptos, glória e triunfos.
E eu estava a pensar: Estão os adeptos do Manchester em protesto porque entendem que os valores do clube não estão a ser prestigiados nem protegidos, mesmo que no meio de tantas categóricas vitórias. Voltei a mudar de canal, e pensei: Os 250 milhões que Florentino gastou, e os salários exorbitantes - e já agora, perfis e estatutos dos intocáveis de Madrid - que a muitos deles não lhes permitem serem substituídos mesmo que a jogar dentro do seu metro quadrado, irão os super craques para casa arranjarem-se para saírem à discoteca mais próxima para desfilarem esta madrugada, os seus fãs estarão amanhã à porta do campo de treinos para pedir autógrafos e fotografias com as lendas (de quê?) que vestem as cores blancas, e nada se passa.
É este o futebol que Ronaldo (o peixe fora de água) prefere? Fica a questão.
bom.....muito bom
ResponderEliminarO Pjanic não o terás conhecido nas camadas jovens do Metz? ;)
ResponderEliminarEu vi-o a começar a despontar no Lyon. Conheci-o ainda muito novo, num jogo dos sub-19 dos franceses... jogou no Metz? Não sabia...
ResponderEliminarUm abraço
Não sabia que o Pjanic tinha ido aos Sub 19 do Lyon... É que ele fez a época de 2007-2008 em grande no Metz (apesar da medíocre época da equipa) e foi contratado por 8 milhões quando já era pretendido por meia Europa.
ResponderEliminarSe continuar a evoluir será dos mais talentosos jogadores para os próximos 10 anos.
Quando o vi, foi numa final dos sub-19 em França, lembro-me bem de ter ficado boquiaberto com a sua qualidade, jogou se bem me recordo a 10 e era o capitão. Recordo-me ainda de ter ficado com boas referências do Gassama e do Tafer.
ResponderEliminarUm abraço
Aliás, tal como aconteceu com o Manuel Fernandes no Benfica. Foi jogar o último jogo da fase final de Juniores ao Olival onde nos sagrámos campeões quando já estava nos Seniores do Benfica.
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