domingo, 28 de dezembro de 2014

O Mito Nani - versão 2

Vamos voltar a um dos temas que já nos fez abordar aqui o internacional português Nani. Esta semana fomos citados por um blog, que em tempos era visita diária para nós pela qualidade e capacidade de observação dos seus autores. Ora, referem os actuais proprietários do espaço, que devíamos "cortar os dedinhos para não voltar a escrever".

Não lhes fazemos a vontade, e por isso vamos tecer algumas considerações. O blog é actualmente gerido por algumas pessoas que temos estima mas outras não as conhecemos. E não conhecemos (referimo-nos ao nickname que nos citou) até pela ausência de qualquer mérito ou crédito no panorama desportivo nacional. Não fizeram nada, não demonstraram nada, não deram provas de nada e os resultados apresentados são até agora 0. No entanto, sentem-se no direito de atacar pessoas com outras opiniões, como se os seus paradigmas e conceitos fossem uma ciência exacta de certeza no futebol. Querem reinventar o jogo e fazem ataques pessoais e cerrados a imensas personalidades - algumas destaque não só na 1ª liga como em outros países do Mundo - que já deram mais ao futebol do que eles alguma vez darão na vida.

Mas vamos passar à fase seguinte. Nani. É este o jogador que nos leva a escrever este texto. Respeitamos a pessoa em si e o seu valor enquanto jogador. Contudo, está muito longe do que já foi outrora e do que se quer fazer dele. Desaproxima a equipa do golo, toma decisões más a maioria das vezes, coloca-se em situações de perda de bola e desprotege constantemente a equipa. Um jogador assim, como vamos descrever em vídeos, porque as imagens valem mais do que mil palavras, não pode nunca ser considerado top.



Ora é escrito no referido espaço, algumas pérolas em relação a este jogo:

"Nani é o melhor jogador da Liga porque é muito superior a todos porque finaliza melhor, cria mais e... sendo um extremo, é decisivo até no processo de construção.

Não é pelos dribles, remates e macacadas. É pelo que desconheces que Nani é estratosférico na Liga Portuguesa. De cada vez que toca na bola, cria situações muito mais vantajosas para a sua equipa. Ao nível a que se vem apresentando, em Portugal, só Deco.P.S. - Um desafio a quem tiver tempo. Escolher qualquer jogo da Liga dos Campeões do Sporting, FC Porto e SL Benfica, e montar um video com todas as acções na partida de Nani, Brahimi, Salvio e Gaitán. Enviar para o mail que partilharemos."

A verdade é que já enviámos o email. Vamos ver se partilham.

A observar o "tango" na Argentina

O blog tem estado inactivo mas a observação de jogos continua a ser uma coisa prioritária para nós. Hoje demos um salto à Argentina, e em altura de mercado de inverno, vamos falar sobre alguns dos jogadores que mais nos saltaram à vista nas últimas observações feitas.

Marcus Acuña (Racing)

É um caso do tipo de jogador que só atinge a maturidade no seu futebol mais tarde do que os restantes. Mas Acuña ainda é jovem. Tem apenas 21 anos, mas foi passando despercebido aos principais clubes e só agora chegou ao primeiro escalão. Pé esquerdo que tem "olhos", joga sobre as duas faixas, sempre com o esférico colado ao pé da mesma forma como imagina o jogo e executa com a qualidade que o seu cérebro idealiza os lances. Muito agressivo no 1x1, cruza com muita qualidade e é bastante intenso também sem bola. Um talento, que se for aposta, pode crescer muito.


Gustavo Bou (Racing)




Ponta-de-lança de área, um matador, tem 24 anos e está a atingir um patamar de qualidade que exige o futebol europeu. Tem 10 golos nesta edição do campeonato argentino e é um dos grandes destaques do campeonato. Apesar de não ser muito alto (1,78cm) é exímio no jogo de cabeça. Excelente impulsão e técnica de cabeceamento, sabe pressionar também no processo defensivo e nunca se esconde do jogo. Finaliza com serenidade, tem qualidade técnica também para procurar ele as situações de finalização. Qualidade.


Lucas Romero (Velez)

Aos 20 anos é um dos principais talentos a sair do país em breve, certamente. A formiguinha do meio-campo do Velez é um jogador muito culto a nível táctico, sabe e compreende cada momento do jogo mas também com bola se destaca com qualidade no passe e na progressão. Não é um jogador potente a nível físico e a baixa estatura pode fazer com que muitas pessoas na Europa o olhem de lado pelo facto de jogar na zona defensiva do meio-campo mas o talento que tem e a intensidade que mete no jogo dissipam qualquer dúvida.

                                                       
Joaquin Correa (Estudiantes)



O médio criativo dos Estudiantes já foi associado ao Benfica e é um dos jogadores mais fortes a actuar no campeonato. 20 anos, tem todo o perfume e requinte de um jogador que se pode tornar de alto nível. Pensa o jogo de forma anormal para a sua idade, pode jogar na faixa ou por dentro, decide quase sempre bem e tem uma qualidade técnica muito alta. Vasto leque de recursos, finaliza muito bem de longe, imagina lances e sai de situações à partida impossíveis. Um jogador de alto quilate.


Jonathan Calleri (Boca)

É impossível não olhar para ele e ver os últimos grandes nomes que saíram do futebol argentino na posição de ponta-de-lança. Jogador que pode atingir um patamar muito alto na Europa. Tem a bravura dos grandes e isso nota-se quando entra em campo.Apenas 21 anos já é a referência do histórico argentino. Grande capacidade de finalização e de ler o jogo, o espaço onde tem de aparecer e com frieza na finalização. Forte de cabeça, marca de toda a forma e dá muito trabalho às defesas. Craque.





Jaime Ayovi (Godoy)


Joga numa equipa modesta mas é um dos grandes destaques do campeonato. Já tem 26 anos e um percurso "estranho" pois já andou por vários campeonatos secundários, mas ainda vai a tempo de poder fazer estragos na Europa. É um finalizador nato, tem compleição física assinalável e um instinto incrível para o golo. Para além disso, deve ser dos melhores cabeceadores na América. Técnica de cabeceamento incrível, parecem que põe a bola com a mão, grande capacidade de impulsão e frieza na hora de encarar a finalização. Jogador de equipa grande que trabalhe para ele.



Emanuel Insua (Boca)



Lateral esquerdo, posição tão desejada em Portugal, e que qualidade tem este jogador de 23 anos. Fisicamente é um "bicho". Robusto, tem aceleração e velocidade de ponta e é muito agressivo nas abordagens. Sobe bem no terreno, dá profundidade ao jogo da equipa, gosta de entrar por dentro e por fora e tem qualidade técnica para se integrar no processo ofensivo. Uma locomotiva.


Kranevitter (River)



Jogador incrível do ponto de vista da recuperação de bolas. Joga na posição 6 com cultura táctica, elegância, e uma qualidade absurda na forma como usa o corpo - e bem - na recuperação e desarme aos seus adversários. Para além disso assume com qualidade a 1ª fase e construção do jogo da equipa e é um jogador agressivo e forte também pelo ar. Qualidade para voar para o futebol europeu.